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Sebrae

Mães são 67% das empreendedoras no Brasil

No Dia das Mães, conheça mãe e filha que criaram uma startup de educação financeira e mostram como ensinar finanças desde a infância

Foto: Divulgação

Mais da metade das empreendedoras no Brasil são mães, segundo a pesquisa “Empreendedorismo Feminino”, realizada pelo Sebrae em 2024. O levantamento revela que 67% das mulheres que empreendem têm filhos, conciliando a criação dos filhos com a gestão dos próprios negócios e, muitas vezes, transmitindo lições de empreendedorismo para dentro de casa.

Para essas mulheres, o ambiente familiar é também um espaço de aprendizado sobre dinheiro. Desde cedo, elas estimulam atitudes que formam adultos mais conscientes financeiramente.

“Em casa é um ambiente confiável e confortável para se falar sobre finanças e ainda termos certeza do que está sendo ensinado”, destaca Vanessa Cristiane Motta de Matos, sócia-fundadora da Investeendo, startup voltada à educação financeira e empreendedora para crianças e adolescentes.

Startup familiar une gamificação e educação financeira

Criada no final de 2022 por Vanessa, sua filha Mariana Motta de Matos e o sócio Sam Adam Hoffmann, a Investeendo usa jogos físicos e digitais para ensinar temas como investimentos, empréstimos, e compra e venda de forma lúdica. A iniciativa já impactou mais de 6 mil jovens em três estados brasileiros e chegou a participar do programa Shark Tank Brasil.

Apesar da formalização da parceria entre mãe e filha ter começado com a criação da startup, o ensinamento sobre finanças começou dentro de casa.

“Desde cedo, minha mãe falava e me ensinava sobre o que fazer para receber dinheiro, como gastar e quanto poupar”, lembra Mariana.

Ainda na adolescência, ela começou a empreender com o apoio da mãe: vendia balinhas de brigadeiro gourmet na escola, fazia análises de custo e lucro e traçava metas de economia. Com isso, conseguiu comprar o próprio celular.

Contrato na geladeira e finanças como rotina

Vanessa sempre buscou ensinar de forma simples e divertida. “Quando pequena, tínhamos na geladeira um ‘contrato’ com três colunas: atitudes remuneradas, valor recebido e penalidades. Por exemplo, responder os pais fazia perder dinheiro”, relembra.

O incentivo materno fez Mariana observar que muitos colegas não tinham a mesma educação financeira. A partir daí, ela ou a ministrar palestras em escolas públicas no interior do Paraná. Foi em uma dessas ações que conheceu Sam, agora seu sócio na startup.

Hábitos financeiros começam cedo

Segundo a Serasa, o Brasil tem mais de 73 milhões de endividados. Ensinar noções de finanças desde cedo pode mudar esse cenário.

“Para uma criança de 4 anos, duas notas de R$2 valem mais do que uma de R$10. Elas entendem o número, não o valor”, explica Vanessa.

Por isso, ela sugere práticas como:

  • Deixar a criança escolher apenas um item no mercado;
  • Estipular um valor fixo para gastar e ensiná-la a guardar dinheiro para compras futuras;
  • Mostrar contas da casa e associar economias a conquistas, como um eio ao cinema;
  • Valorizar pequenas atitudes, como apagar a luz ou fechar a torneira, como parte do aprendizado.

“Uma criança não deve trabalhar para contribuir com a renda, mas pode participar da rotina financeira da casa. Toda a família é responsável pelas finanças”, conclui Vanessa.

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