O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado nesta segunda-feira (12) em Nova York por acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição.
Durante a declaração inicial no tribunal federal de Manhattan, a promotoria afirmou que o magnata do hip-hop atraía mulheres para relacionamentos românticos, as envolvia em festas sexuais com drogas e depois as chantageava com vídeos dos encontros.
Acusações e estratégia da promotoria
A promotora Emily Johnson disse que Diddy “atacava violentamente” as vítimas quando elas resistiam a participar das chamadas “freak offs” — festas sexuais organizadas por ele — ou quando o desagradavam. Segundo Johnson, os jurados ouvirão testemunhos de mulheres que foram espancadas e forçadas a participar de atos sexuais sob efeito de drogas.
“Elas contarão a vocês algumas das experiências mais dolorosas de suas vidas”, disse a promotora. “Dias ados em quartos de hotel, drogadas, vestidas com fantasias para realizar as fantasias sexuais do réu.”
Defesa nega acusações e diz que relações eram consensuais
O advogado de defesa Teny Geragos afirmou que o caso tenta transformar relacionamentos consensuais em acusações criminais infundadas. “Sean Combs é um homem complicado, mas esse não é um caso complicado. Trata-se de escolhas voluntárias feitas por adultos capazes”, argumentou Geragos.
Diddy se declarou inocente de cinco acusações, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para fins de prostituição. Se condenado, pode pegar entre 15 anos e prisão perpétua.
Testemunhas e linha de defesa
Durante o julgamento, que deve durar cerca de dois meses, o júri ouvirá depoimentos de três ou quatro mulheres que acusam Diddy , além de ex-funcionários apontados como cúmplices na organização e ocultação dos crimes.
Entre as primeiras testemunhas está a cantora de R&B Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, ex-namorada de Diddy. A defesa planeja contestar a credibilidade das testemunhas, alegando que suas memórias são falhas e que as denúncias têm motivação financeira.
(*) Com informações da CNN Brasil
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M.E
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