Principal fonte de arrecadação do Amazonas, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) somou R$ 5,52 bilhões no primeiro quadrimestre de 2025. O valor representa alta nominal de 17,27% em relação ao mesmo período de 2024, quando a arrecadação foi de R$ 4,70 bilhões. Os dados são da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM).
Apesar do avanço anual, a arrecadação de abril apresentou queda nominal de 4,96% em relação a março.
Indústria retoma protagonismo na arrecadação
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo desempenho do setor industrial, que voltou a liderar entre os maiores contribuintes do Estado. A contribuição da indústria no quadrimestre chegou a R$ 2,60 bilhões, ante R$ 1,99 bilhão no mesmo período de 2024 — crescimento de mais de R$ 600 milhões.
O desempenho de empresas como Cigás, Samsung, Moto Honda, Refinaria de Manaus e TCL Semp reforçou o movimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), Emerson Queirós, o setor deve consolidar-se como o mais relevante na arrecadação estadual em 2025.
“É possível que a indústria de gás assuma definitivamente a dianteira na economia do Amazonas, impulsionada principalmente pelo crescimento na demanda e pela expansão da rede de gasodutos”, afirmou Queirós.
Gás natural e eletroeletrônicos lideram avanço
O crescimento da demanda média de gás natural no Estado — que subiu 4,8% no quadrimestre — influenciou diretamente os resultados. Segundo a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), a média diária de consumo no setor comercial chegou a 6,6 mil metros cúbicos.
A indústria eletroeletrônica, a maior do Polo Industrial de Manaus (PIM), também sustentou a expansão, com projeção de alta entre 5% e 10% na produção ao longo de 2025. Os destaques são splits, TVs, celulares e bens de informática, conforme a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Diversificação e infraestrutura como desafios
Para o SIFAM, o crescimento do ICMS reflete uma economia mais dinâmica e diversificada, com base em setores de alto valor agregado, como tecnologia e transformação industrial.
“Mas é crucial fortalecer a infraestrutura e a logística para impulsionar ainda mais a produção de bens mais sofisticados e competitivos no mercado internacional”, alertou Queirós.
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M.E
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