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‘São doentes’, dispara vereador de Manaus sobre pais de bebê reborn

Mitoso (MDB) criticou quem defende cuidados e benefícios para bebês reborn e disse que sociedade está “doente”

(Foto: Reprodução/Redes sociais/Freepik)

Manaus (AM) – A mais recente polêmica da internet envolvendo os bebês reborn – bonecos hiper-realistas criados para simular bebês reais – entrou em discussão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira (19). O vereador Mitoso (MDB) chamou de “doentes” as pessoas que defendem a prática de cuidar dos bonecos como se fossem filhos.

O parlamentar usou seu tempo de fala para reprovar a prática, afirmando que ela contraria os princípios cristãos.

“Eu quero chamar atenção da frente parlamentar cristã, principalmente, porque isso vai contra os princípios que Deus norteou. Família é o alvo, e quando se destroça a família, se destrói uma sociedade inteira. É uma inversão da sociedade, uma sociedade que está doente”, dispara o emedebista.

Mitoso direcionou suas críticas a quem, nas redes sociais, propõe benefícios como Bolsa Família e atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para os bonecos, o que, segundo ele, representa um desvio dos valores tradicionais.

“E lamentavelmente ainda vou ouvir vozes contra o meu discurso. São doentes também, que querem modificar a estrutura familiar, criando artifícios de busca num boneco pra chamar de ‘meu filhinho’”, argumenta.

Assista:

Cabe ressaltar que o vereador é pastor da Assembleia de Deus no Amazonas, e que, o seu discurso é voltado para o conservadorismo pentecostal.

Iniciativas no Congresso Nacional

A discussão sobre os bebês reborn também já chegou ao Congresso Nacional. A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) apresentou um projeto de lei que propõe atendimento psicológico gratuito, por meio do SUS, para pessoas que desenvolvem sofrimento mental em função de vínculos afetivos excessivos com os bonecos.

O texto prevê acolhimento humanizado, escuta qualificada e acompanhamento clínico e terapêutico, além de orientação aos familiares sobre sinais de alerta como uso compulsivo, fuga da realidade e dependência emocional. A proposta proíbe qualquer forma de tratamento vexatório ou discriminatório aos envolvidos.

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