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Investigação

MP do AM investiga possível contaminação do Rio Javari por resíduos do Peru

Resíduos descartados em cidade peruana podem afetar saúde em Benjamin Constant

Imagem do Rio Javari, na fronteira entre Brasil e Peru, com águas turvas e presença de resíduos
Foto: Wikimedia Commons

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um procedimento istrativo para apurar possíveis riscos à saúde pública no município de Benjamin Constant, após relatos de contaminação das águas do Rio Javari. A medida foi tomada diante do aumento de casos de doenças gastrointestinais e denúncias sobre o descarte irregular de lixo na cidade peruana de Islândia, localizada na fronteira com o Brasil.

A iniciativa partiu da Promotoria de Justiça local, que busca fiscalizar e acompanhar as providências adotadas pelo poder público para prevenir danos à população. Conforme o promotor de Justiça Alison Almeida Santos Buchacher, há indícios de que o despejo de resíduos sólidos em território peruano esteja comprometendo a qualidade da água utilizada pelos moradores de Benjamin Constant, especialmente durante a cheia do rio.

Entre as primeiras medidas, o MPAM solicitou à Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) informações sobre possíveis impactos na captação e tratamento da água, além das ações tomadas para assegurar a potabilidade do recurso hídrico. Já à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foi requisitado um levantamento detalhado sobre os casos de doenças gastrointestinais registrados e as medidas de resposta adotadas.

A promotoria também entrou em contato com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com o objetivo de obter apoio técnico da pesquisadora Geise Canalez, responsável por um estudo sobre a poluição do Rio Javari. Além disso, foram solicitadas informações à Procuradoria da República em Tabatinga sobre eventuais investigações ou ações judiciais que tratem do problema do lixo em Islândia.

A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Amazonas foi acionada para apresentar um relatório das ações emergenciais adotadas, visando mitigar os efeitos da contaminação e orientar a população ribeirinha.

A atuação segue as normas do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que orienta a fiscalização ativa das políticas públicas voltadas à preservação ambiental, à saúde coletiva e à qualidade de vida.

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I da água solicitada em Parintins para investigar contaminação

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