O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colhe nesta sexta-feira (30) os depoimentos das testemunhas de defesa indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro e outros sete aliados se tornaram réus em março, após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O destaque desta etapa é o depoimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro. Ele será ouvido por videoconferência a partir das 8h. Outras cinco testemunhas ligadas ao ex-presidente prestarão depoimento durante a tarde, a partir das 14h.
Testemunhas de Bolsonaro:
- Tarcísio de Freitas – Governador de SP e ex-ministro;
- Jonathas Assunção Salvador Nery – Ex-secretário executivo da Casa Civil;
- Renato de Lima França – Ex-subchefe de assuntos jurídicos da Presidência;
- Wagner de Oliveira – Coronel do Exército que integrou a comissão militar que auditou as urnas eletrônicas;
- Giuseppe Dutra Janino – Ex-secretário de Tecnologia do TSE.
Também nesta sexta, pela manhã, serão ouvidas testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, incluindo os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Espírito de Amin (PP-SC), Eduardo Girão (Novo-CE), o deputado federal Sanderson (PL-RS) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Nogueira também figura como testemunha de Bolsonaro.
Na véspera, a defesa do ex-presidente retirou quatro nomes da lista de testemunhas, entre eles o ex-ministro Gilson Machado, o deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e Amauri Feres Saad, apontado como autor da chamada “minuta do golpe”.
Réus e acusações
Bolsonaro e mais sete aliados compõem o chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe, grupo considerado central no planejamento e execução dos atos. Em 26 de março, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia da PGR.
Réus na ação:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente;
- Walter Braga Netto – general e ex-ministro;
- General Augusto Heleno – ex-chefe do GSI;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça;
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens e delator.
A PGR sustenta que Bolsonaro sabia da elaboração da “minuta do golpe” e do plano “Punhal Verde Amarelo”, que incluía ações violentas, inclusive o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. A acusação envolve crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio público.
As oitivas devem continuar até segunda-feira (2), quando o senador Rogério Marinho (PL-RN) prestará depoimento, encerrando esta fase do processo.
(*) Com informações da Agência Brasil
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