O caçador Magnilson da Silva Araújo, de 34 anos, sobreviveu por mais de 50 dias na mata do Amazonas se alimentando principalmente do fruto buriti e de animais crus, como perema (tartaruga de água doce) e siris de igarapé. Durante as noites, ele subia em árvores para se proteger de animais selvagens e tentar descansar.
Magnilson desapareceu no dia 7 de abril durante uma caçada na região do km 50 da rodovia AM-352, entre Manacapuru e Novo Airão. Ele seguiu sozinho por um caminho diferente e sumiu.
Segundo o pai, Edelvânio Rodrigues de Araújo, o caçador ava dias próximo aos buritizeiros, roendo os frutos para se alimentar e tomando água. Também capturou e comeu cru dois animais da região para complementar a dieta.
Nos dias em que esteve perdido, Magnilson apresentou sinais de desorientação e relatou alucinações auditivas, ouvindo uma voz feminina que o impedia de voltar para casa. Na noite, ele subia nas árvores para se proteger, mas acabou caindo e dormindo no chão.
Aos poucos, com a piora do estado físico e psicológico, chegou a pensar em tirar a própria vida, mas desistiu por não ter cartuchos na espingarda.
Após ouvir sons e fogos à distância, ele seguiu nessa direção por dois dias e finalmente saiu da mata, onde foi encontrado desidratado e debilitado no Ramal do Tumbira, a cerca de 5 km do local do desaparecimento.
Magnilson recebeu ajuda de moradores e foi levado ao hospital para recuperação.
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