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Operação Ágata

Brasil e Colômbia reforçam combate a crimes na fronteira com operação na Amazônia

A ação teve início na última quinta-feira (29/05) e segue com as atividades até domingo (2).

Créditos: Comando Conjunto Apoena

Manaus (AM) – Uma operação binacional envolvendo mais de 200 militares do Brasil e da Colômbia está em andamento na região do rio Puruê, fronteira entre os dois países, com o objetivo de reprimir atividades ilegais e intensificar a presença do Estado em áreas remotas da Amazônia. A ação faz parte da Operação Ágata Amazônia 2025, que no lado colombiano recebeu o nome de Operação Medusa.

As forças atuam de forma simultânea, em um esforço conjunto para fiscalizar embarcações, principalmente dragas usadas na extração ilegal de ouro. O trabalho coordenado busca combater crimes transfronteiriços como tráfico de drogas, contrabando e garimpo ilegal, além de fortalecer a cooperação entre os países.

Durante os últimos dias, oito dragas foram neutralizadas pelas forças colombianas. De acordo com o general Edilberto Cortés, comandante da Brigada de Selva Nr 26, o resultado evitou a extração ilegal de cerca de 38 quilos de ouro por mês, além de gerar impactos econômicos diretos nas estruturas do crime organizado e reduzir os danos ambientais. “A destruição desses equipamentos representa um duro golpe contra os garimpeiros ilegais que ameaçam os recursos naturais da região”, afirmou.

Pelo Brasil, participam da ação militares experientes em patrulhamento fluvial e terrestre, apoiados por helicópteros da Marinha do Brasil (MB) e sensores da Força Aérea Brasileira (FAB). Imagens de satélite do CENSIPAM também auxiliam na identificação e monitoramento de áreas de risco.

Segundo dados do Exército Colombiano, a atividade ilegal de mineração na área gera um acúmulo de mais de 2 milhões de toneladas de sedimentos contaminados com mercúrio, afetando a biodiversidade local e ameaçando comunidades indígenas isoladas e o ecossistema do Parque Nacional Natural do Puré.

Operação Apoena amplia resultados no Brasil

A operação, coordenada pelo Comando Conjunto Ágata Amazônia 2025 – APOENA, também avança em outras frentes. No rio Tanaã, interior do Amazonas, seis dragas foram destruídas, totalizando 26 neutralizadas desde o início das ações. A intervenção contou com apoio da Polícia Federal e do ICMBio e resultou ainda na inutilização de um empurrador, apreensão de uma embarcação de pequeno porte e de 300g de mercúrio.

Em outra ação, 226 kg de drogas foram apreendidos em Benjamin Constant (AM), entre cocaína pronta para consumo, macarrão à base de cocaína e maconha.

Ações sociais atendem comunidades ribeirinhas

Além das ações repressivas, a Operação Ágata também promove ações sociais com atendimento médico, distribuição de medicamentos e kits odontológicos. Mais de 48 mil procedimentos de saúde foram realizados em 71 comunidades ribeirinhas e indígenas.

Segundo o vice-almirante João Alberto de Araujo Lampert, comandante do Comando Conjunto Ágata Amazônia 2025, a cooperação entre as forças armadas dos dois países é fundamental. “A atuação conjunta reafirma a soberania e tem sido essencial para os resultados expressivos que estamos alcançando. Que iniciativas como essa se tornem permanentes”, declarou.

Com uma área de atuação que ultraa 510 mil km², a Operação Ágata reafirma o compromisso com a defesa da Amazônia, o combate aos ilícitos e a valorização das comunidades tradicionais da região.

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