Vivemos um momento ímpar no Polo Industrial de Manaus. A aproximação efetiva entre o empresariado, a Suframa — sob a gestão proativa de Bosco Saraiva — e o Conselho de Desenvolvimento do Amazonas, conduzido com sabedoria por Serafim Corrêa, representa uma mudança de paradigma na interlocução institucional e na articulação das políticas de desenvolvimento regional.
Força e comunhão
Esse ambiente de confiança e transparência entre os que constroem, planejam e executam o desenvolvimento tem refletido em números concretos: nos aproximamos das 140 mil vagas de trabalho formal no Polo, um resultado que traduz a força de uma economia viva, que produz, preserva e gera oportunidades.
O Polo Industrial de Manaus é, antes de tudo, uma resposta eficaz a uma das questões mais urgentes do século XXI: como gerar riqueza com respeito ao meio ambiente. Somos um modelo real de desenvolvimento sustentável no coração da maior floresta tropical do planeta — e ainda assim, continuamos alvo de desinformação, ataques injustos e tentativas de deslegitimação por setores que, ou desconhecem nossa realidade, ou agem movidos por interesses escusos.
A dinâmica de um modelo que funciona
Mesmo com os avanços da Reforma Tributária e a expectativa de regulamentação da legislação complementar, não podemos baixar a guarda. Os ataques ao modelo Zona Franca de Manaus não são casuais — são orquestrados. E por isso, nossa resposta precisa ser estratégica, firme e baseada em resultados.
O Polo Industrial de Manaus representa cerca de 30% do PIB de toda a Região Norte. Geramos milhares de empregos, arrecadamos tributos, investimos em inovação, e acima de tudo, ajudamos a manter a floresta em pé. Somos parte essencial da bioeconomia amazônica, da transição energética e da agenda ESG que o mundo tanto exige. Ignorar isso é ignorar o futuro.
A COP 30 como vitrine global
A realização da COP 30 em Belém é uma oportunidade histórica. O olhar do mundo estará voltado para a Amazônia, e temos a obrigação de mostrar que aqui já existe um modelo que funciona. Que é possível industrializar com consciência ambiental, gerar oportunidades em regiões afastadas dos grandes centros e garantir desenvolvimento com inclusão.
A Zona Franca de Manaus é um instrumento de justiça territorial. É uma política de Estado que impediu o colapso social e ambiental em uma região estratégica para o planeta. A floresta sobrevive porque há uma economia que a protege. E essa economia somos nós.
União é dever de liderança
Neste momento, mais do que nunca, precisamos fortalecer a coesão entre os empresários, os trabalhadores, os gestores públicos e os representantes da sociedade civil. Nosso desafio é um só: permanecermos unidos, cada vez mais fortes, cada vez mais protagonistas.
Não podemos aceitar que decidam nosso futuro à revelia dos nossos acertos. Não podemos itir que interesses econômicos de outros territórios falem mais alto que o bem-estar do povo amazônida e o equilíbrio climático do planeta.
Falo aqui como quem vive e respira o chão da indústria, como quem acredita na Zona Franca não como exceção, mas como exemplo. Como um dos maiores acertos da história da política de desenvolvimento regional do Brasil.
Estamos prontos para mostrar ao mundo, na COP 30 e além dela, que a Amazônia pode ser, sim, um farol de esperança, inteligência e prosperidade sustentável. O Polo Industrial de Manaus é prova disso.

(*) Nelson é economista, empresário e presidente do SIMMMEM Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, Conselheiro da CNI e do CIEAM e vice-presidente da FIEAM.
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