O tráfego de veículos na BR-319 foi liberado, na tarde desta quarta-feira (4), segundo informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As travessias sobre os rios Curuçá (km 23,30) e Autaz Mirim (km 24,60), no Amazonas, já estão operando, após quatro dias de interdição causados por desabamentos e falhas em equipamentos.
A liberação ocorre após obras emergenciais no trecho, incluindo reforço com brita e rachão nos os à ponte do Curuçá. O DNIT informou que segue monitorando a situação e agradeceu a compreensão dos motoristas durante o bloqueio.
Travessias afetadas por cheias e danos
As travessias provisórias sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim, instaladas em 2022, foram danificadas pelas fortes cheias que atingem a região. Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia sinalizado o bloqueio no km 23, onde o aterro que sustentava a agem cedeu devido à correnteza.
No local, equipes do DNIT iniciaram reforços com materiais de base e seguem atuando nos dois lados da estrutura para permitir o tráfego de veículos pesados nos próximos dias.
Pane em rebocador também afetou o tráfego
Outro ponto de interdição ocorreu no km 25, no rio Autaz-Mirim, onde uma balsa apresentou falha após um caminhão de carga pesada forçar a entrada na embarcação, rompendo o cabo de segurança. A pane foi resolvida com o auxílio de um rebocador mais potente, permitindo a retomada da travessia.
Alternativa para motoristas
Durante o bloqueio, a única opção de desvio era retornar ao km 68 da rodovia, seguir pelo ramal São José até Iranduba e, de lá, continuar pela AM-352. O trajeto alternativo adicionava cerca de duas horas à viagem entre Manaus e Careiro.
A BR-319 é a única ligação terrestre entre Manaus e Rondônia, conectando o Amazonas ao restante do país. A interrupção afetou diretamente o abastecimento, a logística e a mobilidade da região.
Debate político sobre pavimentação da BR-319
O episódio reacendeu o debate sobre a pavimentação da BR-319. Em 27 de maio, uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado terminou em confronto entre senadores amazonenses e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ministra se retirou após ser duramente criticada por parlamentares como Plínio Valério (PSDB) e Omar Aziz (PSD), que a acusaram de impedir o desenvolvimento regional.
Marina rebateu dizendo que a construção de uma estrada de 400 km em floresta virgem sem estudos adequados é insustentável. Segundo ela, obras sem planejamento podem agravar impactos ambientais, como secas e incêndios.
Leia mais:
BR-319 permanece interditada no Amazonas pelo 4º dia seguido
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, e nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱