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Homem condenado a pagar R$ 2 milhões por desmatar área maior que 250 campos de futebol no AM

Justiça Federal impõe multa milionária e obriga recuperação ambiental após desmatamento ilegal em área pública no estado.

Divulgação

A Justiça Federal condenou um homem pelo desmatamento ilegal de 180 hectares de floresta amazônica no Projeto de Assentamento Juma, em Apuí, no interior do Amazonas. A área destruída equivale a mais de 250 campos de futebol. A decisão, que atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinou o pagamento de quase R$ 2 milhões em indenizações por danos materiais e morais coletivos.

Multa bilionária cobre danos ambientais e morais

A Justiça condenou o responsável a pagar R$ 1,9 milhão pelos danos materiais, valor calculado com base em nota técnica do Ibama que corresponde ao custo para recompor a área degradada.

Além disso, o réu deverá pagar R$ 96 mil de indenização por danos morais coletivos, reconhecendo o impacto ambiental e social causado pela destruição da floresta.

Recuperação da área degradada é obrigatória

O homem deverá elaborar e executar um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad), elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão ambiental competente. Segundo a sentença, o Prad é essencial para garantir a reparação integral do ambiente e o retorno das funções ecológicas originais da área degradada.

Desmatamento ocorreu em área pública e foi comprovado por fiscalização

A destruição da vegetação ocorreu entre janeiro e maio de 2017, conforme relatório do Ibama. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) confirmou que a área desmatada corresponde ao Projeto de Assentamento Juma, uma área pública da União.

Réu itiu desmatamento, mas Justiça rejeitou justificativas

Durante o processo, o réu reconheceu que realizou o desmatamento e alegou residir na região desde a década de 1980. Ele justificou a ação pela falta de alternativas econômicas e problemas na regularização fundiária.

Contudo, a Justiça não aceitou esses argumentos, reforçando que dificuldades socioeconômicas não justificam a degradação ambiental ilegal.

Valores das indenizações serão revertidos a fundo público

Os valores pagos como indenizações serão destinados a um fundo público, que será definido na fase de execução da sentença, para garantir a aplicação dos recursos em ações de recuperação e preservação ambiental.

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