Manaus (AM) – Com os olhos do mundo voltados para a chaminé da Capela Sistina a partir desta quarta-feira (7), quando tem início o conclave para a escolha do novo papa, o cardeal da Amazônia, Dom Leonardo Steiner, representa não apenas Manaus, mas toda a região amazônica no processo que definirá o futuro da Igreja Católica.
O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, manifestou apoio e enviou boas energias ao arcebispo de Manaus por meio de uma publicação nas redes sociais.
Na mensagem, ele ressaltou a importância simbólica e espiritual da participação de Dom Leonardo no conclave, destacando que o cardeal leva consigo as vozes e esperanças da floresta.
“No Vaticano, ele carrega as esperanças de uma região que o mundo precisa escutar. Faço votos de que sua voz ecoe entre os cardeais e que sua presença inspire um novo pontificado sensível aos clamores dos povos da floresta e comprometido com a defesa da Amazônia, em continuidade ao legado de cuidado e justiça do papa Francisco”, escreveu Tadeu.
Na foto, está o vice-governador à esquerda e o cardeal da Amazônia à direita (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Outro ponto que chama atenção é que Dom Leonardo Steiner tem sido apontado como um dos favoritos a suceder o papa Francisco, segundo a agência Reuters.
Caso seja eleito, ele se tornará o primeiro brasileiro a ocupar o cargo de papa — um marco histórico para o país e, especialmente, para a Amazônia. Sua eleição representaria não apenas uma conquista simbólica para o Brasil, mas também a ampliação do olhar da Igreja para as causas ambientais, sociais e culturais da região amazônica, que era defendida por Francisco.
Além de Steiner, outros brasileiros também despontam entre os favoritos ao cargo. No entanto, segundo líderes religiosos brasileiros, dificilmente o Vaticano optará por eleger mais um papa latino-americano ou sul-americano neste momento, após o pontificado de Francisco, que é argentino.
Como acontece o conclave
O conclave reúne 133 cardeais de todo o mundo e acontece a portas fechadas, com expectativa e atenção de fiéis e líderes religiosos em todos os continentes.
O processo de votação acontece no Vaticano, dentro da Capela Sistina, e segue regras rígidas que foram sendo refinadas ao longo dos séculos.
Após a cerimônia de consagração, os cardeais são isolados em quartos separados e começa a votação. O novo pontífice deve ter um terço dos votos. Se ele aceitar, uma fumaça branca é vista saindo pela chaminé da Capela Sistina. Caso contrário, sobe uma fumaça preta e a votação volta a acontecer novamente até a escolha do novo líder religioso.
Quando um cardeal atinge os votos necessários, ele é perguntado se aceita o cargo. Ao dizer “aceito”, ele escolhe o nome que usará como papa.