Esses dias, notei o Wolverine mais quieto que o normal. Não era nada muito óbvio: ele comia, usava a caixa de areia, até ronronava quando eu chegava perto. Mas o instinto me dizia que algo estava diferente. Como veterinária, sei que o comportamento sutil pode ser o único sinal de que algo não vai bem. E é aí que muita gente se surpreende: os gatos escondem a dor — e fazem isso muito bem.
Você já percebeu seu gato agindo de forma mais retraída, se escondendo ou até evitando contato? Já pensou que isso pode ser um pedido silencioso de ajuda? Conta pra mim nos comentários: você já teve dificuldade de perceber que seu gato estava doente?
A explicação está na natureza felina. Gatos, mesmo os domesticados, são caçadores… e também presas em potencial. Na selva, demonstrar dor é um sinal de fraqueza, o que poderia atrair predadores. Esse instinto de autopreservação ainda está presente nos nossos bichanos, por isso eles se esforçam para parecer bem — mesmo quando não estão.
Por isso, mudanças de comportamento, por menores que sejam, devem ser levadas a sério. Um gato que a a dormir mais que o normal, evita pular em móveis onde sempre subiu com facilidade ou começa a se isolar, pode estar com dor. Até alterações na posição em que dorme, na forma de andar ou na frequência do uso da caixa de areia são sinais que merecem atenção.
Gatos também tendem a diminuir a ingestão de alimentos quando estão com dor, mas nem sempre param de comer completamente. Isso faz com que muitos tutores pensem que está tudo bem. Outro detalhe importante é o ronronar: muitos gatos ronronam quando sentem dor, como uma forma de se consolar ou buscar alívio — o que pode confundir ainda mais a percepção.
O ideal é realizar check-ups regulares, especialmente a partir dos 7 anos de idade. Como os sinais costumam ser silenciosos, exames de rotina ajudam a detectar doenças em estágios iniciais. Aqui em casa, por exemplo, aproveitei o último check-up da Grey para avaliar articulações, dentes e outros detalhes que muitas vezes am despercebidos no dia a dia.
Cuidar de um gato é, muitas vezes, um exercício de observação e sensibilidade. Eles não pedem ajuda de forma explícita, mas mostram. Cabe a nós aprender a enxergar. Se você conhece bem seu bichano, confie no seu instinto. Aquela mudança sutil pode ser o primeiro o para evitar algo mais sério.
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