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Saúde mental

Ansiedade, Burnout e a Busca pela Imortalidade: Onde o Farmacêutico entra nessa história?

Tratamentos de saúde mais modernos integram diversos profissionais da área da saúde, trabalhando em conjunto

Foto: Reprodução

Vivemos em um mundo acelerado, com crises de ansiedade e burnout se tornando acontecimentos comuns, tendo a depressão como a doença do século e, ao mesmo tempo, uma busca desenfreada pela juventude eterna, com pessoas que não querem envelhecer nem adoecer.

Nesse cenário, os tratamentos de saúde mais modernos integram diversos profissionais da área da saúde, trabalhando em conjunto, cada um com seu ponto de vista dentro da sua especialidade, de modo a formar um conjunto de informações que direcionam tratamentos cada vez mais precoces, preventivos e personalizados.

A busca eterna pela juventude traz mudanças de hábitos e comportamentos que começam a aquecer um mercado bilionário de pessoas buscando ganhar anos de vida através da suplementação individualizada.

A pergunta óbvia é: funciona?

Vamos considerar que o corpo opera tal qual um carro, com diferentes peças e sistemas (órgãos e sistemas). Se você já viveu a experiência de comprar um carro 0 km, sabe que, antes mesmo de sair com ele da concessionária, você já tem a data do primeiro retorno para a troca do óleo, para evitar danos ao motor. Sabe que, se colocar um combustível de procedência duvidosa, pode danificar o carro, assim como tem que respeitar as trocas programadas de peças e lubrificantes para aumentar o tempo de vida do carro, certo?

E se você se considerar um carro, como está sua manutenção preventiva? Você faz exames de rotina e toma suplementos personalizados para melhorar o rendimento do seu corpo? Se alimenta de forma saudável? Ou será que espera uma peça quebrar (doença) e faz um remendo paliativo (toma o primeiro medicamento disponível para tratar apenas os sintomas)? Se sabemos que a prevenção é boa e aumenta a vida útil de um carro, por que muitas vezes temos dificuldade de fazer isso com nosso próprio corpo?

Traduzindo, a suplementação personalizada, desde que feita com acompanhamento profissional adequado, traz melhoras significativas à saúde e longevidade do indivíduo. Diminui crises de ansiedade e estresse, diminui a recorrência de doenças e melhora o rendimento físico e mental.

Considerando o conhecimento técnico do farmacêutico, a farmácia individualizada vai muito além de pegar uma caixinha pronta na prateleira. Ela avalia as reais necessidades de uma pessoa e personaliza a suplementação para, como dizem por aí, turbinar o corpo, mesmo sem nenhum medicamento controlado. O grande segredo está na suplementação apenas com os nutrientes que o corpo precisa naquele momento.

E como saber quais são os nutrientes que meu corpo precisa? Avaliação clínica, exames de sangue e, atualmente, os exames de bioressonância, que estão cada vez mais populares (aquele que é só segurar uma haste de metal por cerca de 2 minutos e faz uma leitura de todo funcionamento do metabolismo, sem precisar de nenhuma gota de sangue).

Na contramão, vemos um costume imediatista de tomar medicamentos com frequência, na ânsia de remediar sintomas sem tratar a causa do problema (sim, ainda não percebemos que o corpo é uma máquina que precisa de manutenção preventiva). Essa realidade comum traz números assustadores de intoxicação e até mesmo óbitos causados por automedicação.

Junto a isso, vemos um projeto de lei tentando autorizar a venda de medicamentos em supermercados. Se em drogarias e farmácias, que são considerados estabelecimentos de saúde, com a presença e orientação de um profissional farmacêutico, já encontramos índices elevados de danos por automedicação, quais serão os resultados de vender deliberadamente sem nenhuma orientação?

Décadas atrás, quando saímos das boticas (antigas farmácias de manipulação) para os medicamentos industrializados, o profissional farmacêutico quase entrou em extinção, sendo considerado desnecessário, já que não precisava mais fazer os medicamentos, as caixinhas estavam todas prontas.

Com o aumento repentino de óbitos por automedicação, o farmacêutico voltou a ser obrigatório em farmácias e drogarias, o que diminuiu novamente esses índices. E em um cenário em que a saúde se projeta como algo cada vez mais personalizado e integrativo, quais as vantagens de retroceder?

E você, está tratando seu corpo como trataria a Ferrari dos sonhos? Ou só esperando quebrar uma peça para remendar?

Natasha Mayer

(*) Natasha Mayer é Farmacêutica, formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), pós-graduada em Cosmetologia pela Faculdade Oswaldo Cruz – SP, em Saúde Estética pela Biocursos e em Gestão de Empresas pela Fundação Dom Cabral. Mestre em Engenharia de Produção pela UFAM, CEO da Pharmapele Manaus e presidente da Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores do Amazonas (AJE-AM).

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