Em ação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública da União (DPU), foi realizado o resgate de uma trabalhadora doméstica de 34 anos, no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
A vítima foi encontrada vivendo em condições degradantes. Trabalhando sem carteira assinada, sem salário mínimo e submetida a jornadas exaustivas, ela cuidava de uma casa grande e também produzia doces comercializados pelo empregador, sem qualquer remuneração formal.
Promessa de cuidado virou escravidão
A história começou quando, aos 12 anos, a mulher foi levada à residência sob a promessa de que estudaria e teria um futuro melhor. Mas o que se seguiu foram mais de duas décadas de exploração, trabalhando para diferentes membros da família em troca de comida, moradia e pagamentos esporádicos.
Sem nunca ter frequentado a escola, ela vivia em um quarto sem guarda-roupas, sem ventilação adequada e sem o a itens básicos de higiene. Em alguns períodos, chegou a trabalhar descalça e sem produtos de uso pessoal, como shampoo.
Operação interinstitucional encerra o ciclo
Após a denúncia e investigação, a força-tarefa conseguiu libertar a trabalhadora. Ela foi atendida psicologicamente pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e retornou ao convívio de seus familiares biológicos. Os responsáveis poderão responder por manter uma pessoa em condição análoga à escravidão.
Como denunciar trabalho escravo
O Brasil já resgatou mais de 65 mil pessoas de situações semelhantes desde 1995. As denúncias podem ser feitas, de forma anônima, pelos canais:
As denúncias são sigilosas e ajudam a combater a escravidão moderna em todo o país.
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